quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Meu Bisavô.


14/Julho/1857
nome:  João de PONTES.Medeiros
Fonte:  1001 Cearenses Notáveis - F. Silva Nobre
João de PONTES Medeiros - Nasceu no arquipélago dos Açores, 14 de julho de 1857 e veio para o Ceará com 14 anos de idade, morando em Aracoiaba e Baturité antes de radicar-se em Fortaleza.

Instalou a Casa J. Ponte, de vendas por atacado, e, fazendo-se acionista da Empresa Telefônica do Ceará, assumiu a sua direção e promoveu o seu desenvolvimento, sendo pioneiro da telefonia no Estado.

Foi, também proprietário e dirigente da Companhia de Bondes puxados a burro, que antecedeu a Cia. de Bondes Elétricos / The Ceará Trainway Light and Powver Ltd Espírito humanitário e filantrópico, criou o primitivo Instituto Pasteur: doou o terreno e construiu o prédio, entregue depois à Diretoria de Saúde Pública do Estado. Presidente da Sociedade Beneficente Portuguesa 2 de Fevereiro e Vice-Consul de Portugal.

Doente, viajou ao Rio de Janeiro em busca de melhora e ali morreu em 13 de janeiro de 1921.

É nome de bairro em Monte Castelo.

domingo, 18 de outubro de 2009

Fortaleza


Fortaleza
( Textos e fotos extraídos do “Blog do Guilhon” - http://blogdoguilhon.blogspot.com/ )
História
(Historia de Fortaleza muito bem elaborada por Guilhon em seu blog e que passamos a reproduzir.)

A história de Fortaleza é marcada de altos e baixos constantes. A chegada dos colonizadores foi muito custosa e de pouco sucesso inicial. A seca e os índios foram grandes entraves alem do fato de não ter sido achado nenhum metal precioso.

O forte marca a ocupação e o surgimento da cidade como elemento protetor dos colonizadores. A vila, depois cidade, se consolida como entreposto para navegadores entre as capitânias do sul e do norte. Mais tarde (1799) com a autonomia administrativa da província do Ceará, Fortaleza torna-se a capital e principal ponto de convergência da produção de charque e algodão, que geram a riqueza necessária para a consolidação da cidade como líder dentre todas as outras.

Na virada do século XIX para o século XX Fortaleza passa por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e cresce muito chegando ao final do da década de 1910 sendo a sétima cidade em população do Brasil. Entre as décadas de 1950 e 1960 a cidade passa por um crescimento econômico que supera 100% e ao final dos anos 70 começa a despontar como um futuro pólo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza.

Durante a abertura política após da ditadura militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda.

No final do século a administração da prefeitura e a cidade passam por diversas mudanças estruturais com a abertura de várias avenidas e despontando como um dos principais destinos turísticos do Nordeste e do Brasil.

A passagem de Pínzón

Existe uma discussão sobre a passagem do navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón pelo Brasil. Seus relatos apontam como data de chegada à costa entre fevereiro e março de 1500 ao local que denominou de cabo de Santa Maria de la Consolación e pela enseada que denominou de "Rastro Hermoso".

Historiadores especulam que o cabo avistado por Pinzón seria a ponta do Mucuripe e o outro lugar no Brasil que reivindica a passagem de Vicente Pinzón é o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Considerado território português por força do Tratado de Tordesilhas o navegador espanhol viu-se forçado a subir o litoral até onde fosse reconhecida a distância do tratado. A passagem de Pinzón então é considerada o primeiro relato europeu sobre o que hoje é o litoral de Fortaleza.

Primeiros Europeus

O início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1603, quando o português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará.

Naquelas margens ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa, mas devido a vários fatores, como ataques de índios, falta de recursos e a primeira seca registrada na História do Ceará (entre 1606 e 1607), Pero Coelho acabou abandonando a região.

Gravura atribuída ao holandes Frans Post do Forte São Sebastião 1645
Anos mais tarde, com o objetivo de expulsar os franceses do litoral do nordeste, mais especificamente no Maranhão, chegou aqui o português Martim Soares Moreno em 1613, quando recuperou e ampliou o Fortim de São Tiago, e deu ao novo forte o nome de Forte de São Sebastião.

Em 1637 houve a tomada holandesa do forte São Sebastião. Em 1649 uma nova expedição holandesa no Ceará construiu, às margens do Rio Pajeú, o Forte Schoonenborch, começando nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início, o comandante holandês Matias Beck.

Em 1654 os holandeses foram expulsos e o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.

O surgimento da vila

No ano de 1699 uma Ordem Régia de 16 de fevereiro criava a primeira vila no Ceará. Esta ordem não especificou qual o local exato da vila nova e por isso algumas vilas ficaram em disputa para ser a sede da comarca dentre elas Aquiraz foi quem acabou sendo reconhecida.

Com um ataque de índios à vila de Aquiraz a vila do forte acabou sendo o refúgio dos sobreviventes e em 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila.

Gravura atribuída ao holandes Algemeen Rijksarchief do Fort Schoonenborch de 1649
Em 1759 o Marquês de Pombal expulsa os jesuítas da Companhia de Jesus e os aldeamentos indígenas de Poramgaba e São Sebastião de Paupina, comandados pelos jesuítas, são elevados a condição de vila respectivamente Vila Nova de Arroches e Vila Nova de Messejana.

No ano de 1777 o Capitão-Geral José César de Menezes mandou realizar um censo, que relatou uma população de dois mil e oitocentos e setenta e quatro habitantes na vila de Fortaleza. Este ano e o de 1778 foram de seca que dizimou quase todo o rebanho bovino da indústria de charque do Ceará.

O golpe final no charqueado foi a seca que durou de 1790 a 1794.

Em 1799 a Província do Ceará é desmembrada da Província de Pernambuco e Fortaleza é eleita Capital.

Cidade Capital e o primeiro desenvolvimento

Com o definhar da indústria da carne seca e a autonomia administrativa do Ceará e com as conseqüências da Revolução Americana de 1776, o que se viu no começo do século XIX foi o surgimento da cultura do algodão.

Em 1810 chega em Fortaleza o viajante inglês Henry Koster. Com o aumento das navegações direto com a Europa é criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza.


Detalhe de Perspecto da Villa da Fortaleza de 1811
Neste mesmo ano tem início a reforma projetada pelo tenente-coronel de engenharia, Antônio José da Silva Paulet, da fortaleza e também é construído o primeiro mercado da cidade e no ano seguinte o primeiro chafariz.

Um ano após a Independência do Brasil, em 1823, Fortaleza passou à condição de cidade nomeada pelo Imperador Dom Pedro I de "Fortaleza de Nova Bragança" retornando posteriormente ao seu nome original, Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.

Em 1824 Fortaleza foi palco da disputa entre o Império e os revolucionários da Confederação do Equador.

Com a derrota dos confederados, alguns de seus líderes, como João Andrade Pessoa Anta e o Padre Mororó dentre outros, foram executados no Passeio Público.

A partir do Segundo Império Fortaleza vai se fortalecer perante outras cidades do Ceará a partir da política centralizadora de Dom Pedro II.

Seminário da Prainha em 1890
Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período marcado pelo enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas da cidade com a exportação do algodão e a execução de diversas obras tais como a criação do Liceu do Ceará e o Farol do Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública.

Porem, em 1851 houve a maior epidemia de febre amarela de que se tem registro e que apressou as obras do hospital. Com o início da Guerra Civil Americana houve um aumento no preço do algodão no mercado mundial o que fez crescer nossas exportações.

Já em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité que tinha começo em Fortaleza. Serviria para escoar a produção até o porto da cidade. A construção da Ferrovia que escoava para o porto a produção agrícola e pastoril do interior ajudou a consolidar Fortaleza como a mais importante cidade do Ceará e impulsionou o desenvolvimento industrial da região.



Belle Époque

De 1860 até 1930 Fortaleza viveu movimentos sociais e culturais marcantes como o movimento abolicionista, nas décadas de 1870 e 1880 que culminou na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884, quatro anos antes de a abolição ser oficialmente decretada em todo o país, em 13 de maio de 1888.

Francisco José do Nascimento, também conhecido como Chico de Matilde e mais ainda como Dragão do Mar, liderou a participação dos jangadeiros no movimento abolicionista negando-se a fazer o embarque de escravos no porto de Fortaleza.

O movimento literário Padaria Espiritual surgido em 1892 foi pioneiro na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil.

Outras instituições da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.


Planta exata de Fortaleza desenhada por Adolfo Herbster
A elite formada notadamente por comerciantes e profissionais liberais vindos de outras regiões brasileiras e do exterior foram as promotoras de mudanças importantes em Fortaleza.

De influência européia e guiada por ideais de modernidade, esse contingente teve atuação decisiva.

Em 1875, o intendente Antonio Rodrigues Ferreira encomendou ao engenheiro Adolfo Herbster a elaboração da Planta Topográfica da Cidade de Fortaleza e Subúrbios, considerada o marco inicial da modernização urbana.

Inspirado nas realizações de Paris, então gerida pelo Barão de Haussmann, Herbster estabeleceu o alinhamento de ruas segundo um traçado em xadrez, de forma a disciplinar a expansão da cidade.

A partir de 1880, a cidade ganhou serviços e equipamentos urbanos, como o transporte coletivo por meio de bondes com tração animal, serviço telefônico, caixas postais, o cabo submarino para a Europa, a construção do primeiro pavimento do Passeio Público e instalação da primeira fábrica de tecidos e facção.

Na virada do século, Fortaleza já detinha a sétima maior população urbana do país, passando a tomar medidas de higienização social e de saneamento ambiental, além de executar um plano de reformas urbano com a implantação de jardins, cafés, coretos e monumentos, e a construção de edifícios seguindo padrões estéticos europeus.
Os primeiros automóveis circularam em 1910, e a implantação de bondes elétricos e a circulação de ônibus e caminhões.
O Theatro José de Alencar foi inaugurado em 1909 passando a ser o principal espaço cultural da cidade.
A Praça do Ferreira era o ponto de estacionamento de bondes e carros de aluguel, concentrando intenso movimento.
Entre as décadas, de 20 e 30 foram inaugurados diversos cinemas, e os bairros como Jacarecanga, Praia de Iracema, e Aldeota passam a ser habitados pelas elites que começam a valorizar a proximidade com o mar.




Rua Formosa, sentido Passeio público, uma das mais importantes de Fortaleza, num postal editado de 1909, com a seguinte mensagem: "As ruas de Fortaleza são todas desta largura, com poucas exceções.

Por aqui passa o bonde Via Férrea que vai à Estação da Estrada de Ferro de Baturité."

Na atualidade este cenário está quase totalmente modificado, com inúmeros prédios comerciais.

Praça do Ferreira

Principal logradouro e símbolo de Fortaleza, a Praça do Ferreira era apenas um largo de areia frouxa, com alguns cajueiros, rodeada de casebres, onde se destacava apenas os sobrados do comendador Machado, construído em 1825 e o do Pacheco, de 1831, que depois foi sede da Municipalidade.
O prédio do Ensino Mútuo ficava na esquina onde hoje fica a Caixa Econômica Federal.
Havia na praça o "beco do cotovelo", com casas em diagonal, que foi derrubado por Antônio Rodrigues Ferreira, o boticário Ferreira que, em 1842 foi eleito presidente da Câmara Municipal e como tal aumentou as ruas de Fortaleza, dando-lhes um traçado antes defeituoso.
Acabou com o "beco do cotovelo" criando a praça que em 1871 passou a denominar-se do Ferreira. A praça foi Feira-Nova, Pedro II, e da Municipalidade.
No dia 7 de setembro de 1902 houve sua primeira urbanização, pelo intendente Guilherme Rocha, com a construção de um jardim em cujo centro ficava a Avenida que então passou a denominar-se Jardim 7 de setembro, rodeada por colunas de concreto e grades de ferro, ocupando pequeno espaço em frente ao hoje cine São Luiz.

Na praça propriamente dita, até 1920 aproximadamente, erguiam-se cinco artísticos quiosques que abrigavam quatro cafés e um servia de posto de fiscalização da Companhia de Luz. Ali existiam também os célebres frades de pedra, feitos de pedra de lioz vinda de Portugal, com argolas, onde se amarravam os animais. Havia também, no centro do jardim, uma caixa d’água e um catavento, que puxava água para aguar os jardins.
Em 1920 a praça sofreu nova reforma, desta feita na administração Godofredo Maciel, que retirou os quiosques e mosaicou toda a praça, fazendo vários jardins e colocando em seu centro um coreto sem coberta, onde a banda da Polícia executava às quintas-feiras suas afamadas retretas.
Em 1923 foi colocado outro coreto, este coberto. Em 1933 Raimundo Girão derrubou o coreto e levantou a Coluna da Hora.








Vista aérea de Fortaleza, já contando com o Theatro José de Alencar - Praça Marques de Herval (que viria a se chamar Praça José de Alencar) no centro da Foto e a Igreja do Patrocínio à sua frente.

A Festa de Inauguração do Theatro José de Alencar.

O Theatro José de Alencar foi inaugurado oficialmente no dia 17 de Junho de 1910. A banda sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pêlos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge fez o espetáculo musical.

Na praça, rodas de fogo, morteiros, foguetes e girândolas num verdadeiro milagre pirotécnico, abrilhantavam a festa.

A Belle Époque Cearense No final do século XIX, com a substituição da pecuária extensiva pelo algodão, como produção básica da economia agraria cearense.

Fortaleza conheceu seu primeiro fluxo real de crescimento, na condição de porto escoadouro do comércio algodoeiro, principalmente com a Inglaterra.

Como nas demais cidades nordestinas, onde o fenômeno ocorreu, as elites rurais fixaram residência no centro urbano, de Fortaleza, e cresceu uma camada de pequenos comerciantes, profissionais autônomos e funcionários públicos, demandando toda uma rede de serviços e melhoramentos públicos.

"A exportação do algodão também forçou uma melhoria da infra-estrutura urbana - particularmente nas instalações portuárias e no sistema de circulação e transportes."

Fortaleza, então, já possuía uma economia relativamente diversificada, com atividades "como manufaturas e pequenos estabelecimentos industriais para abastecimento do mercado local, prestação de serviços diversos e um comercio varejista de maior porte."

" Formou-se na cidade uma burguesia comercial importadora-exportadora que, sem se desligar do latifúndio rural, estabeleceu uma vivência urbana, em ligação com os grandes centros do Brasil e da Europa.

Este segmento de altos comerciantes, muitos deles assíduos frecüentadores do Velho Continente, sonhava limpar sua rústica ascendência sertaneja, com o lustro refinado das luzes civilizadoras.

Paris e não mais Lisboa era agora o modelo a ser imitado. Hábitos e costumes deveriam ser mudados.

A ordem era apagar a arquitetura austera herdada das casas-grandes e mesmo o neoclassicismo singelo dos nossos primeiros prédios urbanos.

Para alcançar a civilização, era necessário respirar o ambiente sofisticado da helle époque.

Inspirado nas ideias positivistas de ordem c progresso, defendidas pelo Governo da República, seu projeto de modernização buscava não apenas oferecer "elementos de asseio e boa higiene à população", como também promover o embelezamento e aformoseamento da cidade.

 

FORTALEZA das antigas: Excelsior Hotel, possivelmente na sua inauguração em 1931


 "Trata-se do maior do mundo em alvenaria da época."

Já foi um dos orgulhos dos fortalezenses, quando era anunciado como “maior hotel do Norte e Nordeste" como descrito nesse cartão postal.

A primeira construção no local data de 1825 e era um sobrado (construção de dois andares) pertencente ao Comendador José Antônio Machado.

O sobrado foi construído pelo engenheiro Coronel Conrado Jacob de Niemayer, com a utilização de mão de obra de presidiários.

No sobrado funcionou o Hotel Central e o Café Riche. Em 1926 foi comprado e em 1927 demolido.

Um novo projeto, inspirado num edifício existente em Milão, Itália foi construído no mesmo local, sendo desconhecido o autor deste projeto.

O construtor foi Natali Rossi, irmão de Pierina Rossi, esposa de Plácido de Carvalho, rico comerciante fortalezense, e dono do novo prédio e do hotel.

Esta construção, de estilo eclético, foi o primeiro arranha-céu da cidade e utilizava na sua estrutura alvenaria de tijolos e trilhos de trem (sem cimento).

A decoração interna é da própria Pierina Rossi utilizando materiais importados da Europa.

Pierina Rossi era italiana e depois de ficar viúva casou-se com Emílio Hinko, arquiteto húngaro residente em Fortaleza.

Este arquiteto foi o construtor do Palácio do Plácido, majestosa construção, cópia de um Palácio Veneziano, que o Sr. Plácido de Carvalho havia mandado construir para a bela Pierina.

Ficava na Avenida Santos Dumont, possuía pequenos chalés para servirem de moradia dos serviçais do castelo. Nos anos 60 o castelo foi vendido.

Inaugurado em 31 de dezemnro de 1931, o prédio do Hotel Excelsior possui 09 andares. Na época, era o maior prédio em alvenaria já construído no Brasil.

Naquela época, o hotel oferecia luxos como água corrente aquecida, luz elétrica, cozinha internacional, correios, telefonia e excelentes cômodos.

Era considerado o único hotel de luxo do Ceará. Atualmente, o prédio destina-se à moradia da família e de alguns inquilinos.

Endereço: Rua Floriano Peixoto, em frente à Praça do Ferreira Matéria abaixo do Diário do NE EXCELSIOR HOTEL - Teve o início de sua construção em 1928.

Dos quatro monumentos arquitetônicos só resta o Excelsior, porém, há cerca de dez anos fechado, pois como hotel encerrou suas atividades. Com nove pavimentos, incluindo o térreo e o terraço da cobertura, correm, pela cidade, rumores de que o prédio que fará 70 anos no dia 31 de dezembro próximo, será implodido! História verdadeira ou apenas boatos, fato é que o Governo do Estado, através da Secult, deve efetuar, de imediato, o tombamento daquele que é apontado como “maior prédio do mundo em alvenaria”.

Ocupando espaço nobre no centro da capital, na Praça do Ferreira, fazendo esquina com a Rua Guilherme Rocha, o Excelsior Hotel já foi um dos orgulho dos fortalezenses, quando era anunciado como “maior hotel do Norte e Nordeste, com a maior terrace do Brasil”.

Ali, durante décadas, se hospedaram as maiores personalidades do cenário artístico, político e empresarial do País. Entrou em declínio quando o fluxo turístico descobriu as amenidades da orla marítima e o centro ficou em desuso.






Nessa foto podemos ver o prédio do ex-Hotel Iracema Plaza, inaugurado no começo da década de 50.

A arquitetura é, no mínimo exótica, ou indefinida. De longe chega a lembrar um navio, com os seus cinco pavimentos pintados de branco, hoje desbotados pela degradação do tempo e ausência de manutenção.

Primeiro hotel instalado na orla marítima, o Iracema Plaza Hotel foi também capaz de mudar o hábito do fortalezense, fazendo com que sentisse prazer em almoçar ou jantar fora num restaurante de primeira categoria.

Era o tempo do Panela, funcionando na parte de baixo do hotel, e que oferecia tanto uma culinária internacional como também regional.

Não obstante todo o passado de glória, o antigo hotel foi desativado desde o final da década de 70 e hoje seus compartimentos laterais e o térreo foram transformados em residências ou estabelecimentos comerciais.











Fortaleza hoje, linda e bela


Hoje

Fortaleza nasceu ao lado do mar e de dois rios - Cocó e Ceará. O povoado foi elevado à vila, depois cidade e capital do Estado do Ceará.


Mucuripe
A cidade cresceu, ficou adulta e transformou-se na ´Loura Desposada do Sol´. E o sol é seu companheiro durante quase todo o ano, com poucas ocorrências de chuvas.

Praia de Iracema
Fortaleza foi berço do escritor e romancista José de Alencar, autor de vários livros, com destaque para Iracema, cuja personagem do mesmo nome faz parte do cotidiano da cidade.

Estatua de Iracema na Av. Beira Mar



Estatua de Iracema na Praia de Iracema
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Afinal, cinco estátuas estão em pontos estratégicos e tentam expressar a beleza que o escritor idealizou na ficção: a virgem dos lábios de mel, com cabelos pretos como as asas da graúna.

Ponte dos Ingleses Praia de Iracema
Do escritor e seu personagem ficaram a Praça José de Alencar, a Praia de Iracema, o Palácio Iracema (atual sede do governo estadual) e algumas vezes o título de capital alencarina.
Praça do Ferreira
Pacata e serena, Fortaleza viveu lentamente os primeiros séculos até despertar sua vocação para o turismo. Abençoada por Nossa Senhora da Assunção, sua padroeira, Fortaleza foi fundada pelos portugueses e depois conquistada pelos holandeses.


Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção
Os primeiros passos para o turismo, a atividade que mais cresce no mundo, foram dados na década de 70, de forma desordenada e amadora até os dias atuais.



Theatro José de Alencar

As portas se abriram para os visitantes nacionais, depois os internacionais e pouco foi feito para ´arrumar a casa´.



Planetario Dragão do Mar

Muita coisa aconteceu nestes 40 anos, com a implantação de grandes hotéis, com a conquista de vôos internacionais e a construção de grandes empreendimentos.



Praça Portugal

Outros Estados também se estruturaram e estabeleceu-se uma concorrência acirrada.



Casa de José de Alencar
História, cultura, gastronomia, belezas naturais e serviços são os atributos para a atração de visitantes.


Estação Ferroviaria João Felipe (Estação Central)
E é neste conjunto que Fortaleza está perdendo a competitividade.


Passeio Público
O Centro, a Praia de Iracema, a Avenida Beira-Mar e a Praia do Futuro precisam ser resgatados para que Fortaleza continue na preferência dos visitantes. Afinal, estes atrativos estão carentes e precisam de recuperação, limpeza pública, ordenamento de uso, segurança pública e fiscalização de alvarás de ´casas de diversão´ noturna.


Antigo farol do Mucuripe

Precisamos ter praças bem cuidadas, ruas limpas, praias despoluídas, uma definição comercial na feirinha da Avenida Beira-Mar e, com urgência, resgatar a Praia de Iracema com seu bucolismo e sua boemia, atraentes a nativos e visitantes.


Catedral



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Louvado seja DEUS.

Com a graça de DEUS todo poderoso, estarei por aqui para divulgar novidades nossas e reencontrar os amigos.